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Mas amor, eu também tive medo


O medo é nosso constante companheiro. Sempre acreditei que o medo e os rótulos, fossem as piores coisas de um ser humano. Eis que me esqueci do que chamo de "expectativas", essas coisinhas que alimentam nossos corações com falsas esperanças. Afinal, nunca fui do tipo que culpa o outro pelas expectativas que eu mesma criei. Assim como o escuro, a solidão e a altura, me apavora o fato de que eu possa criar sobre alguém, algo que essa pessoa não seja capaz de suprir. Às vezes, somos cegos quanto a outrem. É que, na vida, a paixão cega tanto quanto o escuro, e tu fica tateando, na busca infindável de encontrar algo que, talvez, não sejam capaz de te dar, algo que tu nunca vai encontrar.
Talvez seja verdade, é preferível viver na covardia do nunca tentar, de nunca enfrentar teus medos, é preferível apegar-se a um passado trágico ao invés de buscar por um futuro próspero. 
Que 2015 te traga coragem. Coragem de tomar as decisões necessárias, de apagar a luz e tatear, de andar de roda gigante e sentir aquele frio louco carregado de pânico, que 2015 permita que tu fique sozinho no escuro em uma roda gigante e que isso não te apavore, na verdade, que isso te faça sentir coragem. Te faça rir de nervosismo, mas não te faça desistir ou pensar muito. Que em 2015 tu te permita essas coisas, pois é assim que é o amor, é um tiro no escuro, um salto do vigésimo andar é estar sozinho e completo, para então transbordar-se. Que em 2015 a coragem seja tamanha, que teus medos se sufoquem. Que a tua mão não saia da minha cintura e que continuemos de mãos dadas. Ou então, que finalmente a gente de as mãos, de vez. Que nesse ano novo que vem aí, tu esqueça teu passado trágico e te empenhe num futuro próspero. E embora algumas coisas fiquem marcadas em nossas vidas para sempre, sentimentos ruins devem ser deixados de lado, para que possa se permitir novos sentimentos.
Nesse ano novo que está por vir só peço que mantenhamos a fé no amor e nas pessoas e que a vida fique cada vez mais linda, que traga mais cumplicidade para nós e menos briga, mais decisões e menos choros. Que sejam menos despedidas e mais "quer que eu vá ai?", e que tu venha. Venha sempre.
E para finalizar, que em 2015/2016 e assim por diante, tu veja que eu fiz muito por ti, nas incontáveis vezes que deixei meu orgulho de lado para dizer que sempre foi tu, mas que o meu medo da tua covardia e o cansaço da espera, me fizeram desistir de escrever pra ti, de sentir por ti. E que tu te arrependa de ter deixado isso passar, por medo, por qualquer que fosse o motivo, pois depois de analisar teu olhar, teu querer é tão grande quanto o meu. Sejas mais corajoso e não me deixe partir.
Que em 2015 eu descubra um novo motivo para escrever, um novo sentimento para sentir. Que os medos sejam novos e as vontades também. Que as lágrimas sejam escassas e os sorrisos sejam contínuos, como os que dei ao teu lado e tu nem teve a coragem de sustentar com um olhar. 


Pensamentos opostos, desejo em comum.

Meu coraçãozinho vermelho ficou amarelo, mais alguns momentos e ele fica verde, de novo. E você passa, passa como ventania, derruba tudo, deixando uma marca enorme.
O problema de deixar marcas é que nunca sei se serão boas ou ruins. Eu nunca sei o que esperar desse teu coraçãozinho indeciso que não sabe se está vermelho,  amarelo ou verde. É mais ou menos assim que nos apaixonamos. É no momento em que o nosso coração dá o sinal. Tenho lutado incessantemente contra o amarelinho que pisca forte quando você chega perto. Tuas chegadas são tão traiçoeiras quanto tuas partidas. Às vezes faço toda força do mundo pro coraçãozinho ficar vermelho, mas não adianta!
Também me esforço para que não fique verde novamente. A gente acha que suporta tudo, mas logo agora que organizei a casa toda você vêm e eu não sei se suporto mais. Me pega de jeito nesses braços enorme, me sorri malicioso, tu sabe, tu me têm nas mãos. E é exatamente esse o problema, tu me têm nas mãos e não sabe o que fazer com tudo isso. Vacila entre o querer e o não querer.
O teu querer me puxa de uma maneira frenética, me pega o cabelo, me atiça. Teu querer me aperta forte, me beija o pescoço, a boca, a barriga e a coxa, me olha como se questionasse se pode ir em frente, eu sorrio e faço que não com a cabeça, mas tu sabe, meu não é uma súplica, te pedindo pra avançar, teu querer entrelaça nossas pernas, entrelaça nossos corpos. O teu não querer me empurra pra longe, me diz que tem outra na jogada, me olha de longe e sorri como que pedindo desculpa. Sorri pra me provocar, como quem diz "espera, logo eu volto", o teu não querer é cheio de querer. E mesmo sabendo que, às vezes, eu queria que tu tomasse uma decisão entre querer ou não, no fundo, lá onde eu te deixo guardado, eu prefiro a tua indecisão. Embora eu seja convicta quanto a te querer, sei que não estamos no mesmo momento de nossas vidas. Que pensamos diferente. Pensamentos opostos, desejo em comum.
Você me derruba com um olhar, eu te derrubo com algumas palavras. Você me têm com um olhar - desde sempre-, eu te tenho com meu jeitinho, enroscando nossas pernas, pausando nossos beijos. Me puxa com força e eu gosto, nunca gostei de amorzinho, você sabe disso. Puxa meu cabelo, aperta meu corpo contra o teu, me faz estremecer, me faz sorrir, me faz tua e depois desfaz, mas nunca deixa de fazer.
No final das contas, o coração tá verde, mas eu manipulo pro amarelo, porque não posso correr o risco de enfrentar ventania, afinal eu sempre fui meio friolenta e, tu sabe, preciso do calor do teu corpo, do amorzinho, tanto quanto da sacanagem. Esse é o problema, você é 01 e eu sou 02, mas meu 02 tem se sintetizado só pra poder ter você, você essa pessoa fascinante. É sério, coração amarelinho só tem interesse em ti e em toda putaria que tu tem a me oferecer, uma putaria cheia de amorzinho, ok?

Ame-se

Esse não é um daqueles textos pra dizer que os homens devem aceitar as gordurinhas e que as gordinhas devem se achar lindas. Eu acredito que as mulheres devem se achar lindas, independente dos quilos a mais.
A realidade é que sempre fui uma criança gorda, comecei a crescer e continuei engordando, eu sinceramente achava que todo mundo era bonito e eu não, mas sabe? Eu era linda. Quando fui para o ensino médio dei uma espichada e comecei a emagrecer, desde então eu sou meio paranoica quanto ao meu corpo e quanto a minha alimentação. Não importa quantos quilos eu emagreça, continuo me achando gorda. Eu tenho quase 1m e 80cm, me sinto gigante, às vezes. Enfim, esse texto não é sobre mim, mas ao mesmo tempo é.
Hoje eu me olhei no espelho e pensei "poxa, perdi 3 kgs, mas a calça 38 que eu sempre quis usar ainda não vai servir em mim. Literalmente não fomos feitas uma para a outra." eu não fiquei triste, eu não fiquei me sentindo gorda, eu me senti como alguém que têm uma luta diária em prol da sua saúde. E embora eu saiba que um pouco dessa minha paranoia é futilidade da minha parte, eu quero emagrecer. Às vezes eu paro e fico lembrando, tive que deixar de lado algumas comidinhas gordas exageradas, mas eu sei mais pra frente eu vou me sentir bem comigo mesma. Eu já me sinto. Cada quilo perdido é uma conquista!
Enfim, eu acredito que levar uma vida saudável não faz mal a ninguém, fazer caminhadas, cortar as frituras, os doces, comer menos. Acho que tudo isso, no fim, lá onde todo mundo vai te parabenizar por ter vencido essa luta, vai ter valido a pena. Mesmo sabendo que você nunca vai entrar em uma calça 38, você sabe que está indo muito além.
Esse é o meu conselho, eu acho. Quero dizer, se você se acha gorda ou não também, cuide da sua alimentação, a gente colhe o que planta, não é mesmo? E eu tenho plantado muito alface. Antes de mais nada a gente precisa se amar, se amar a ponto de saber que parar de tomar refrigerante todos os dias é uma escolha sábia (seu bumbum agradece), a ponto de escolher comer legumes e verduras faz bem ao seu coração tanto quanto um novo amor. Ame os legumes também!!
Eu ainda não estou satisfeita comigo mesmo, sou mega narcisista, mas eu cobro de mim essas coisas.
Hoje eu me olhei no espelho e percebi que o 38 nem me satisfaz mais, o que me satisfaz é estar de bem comigo mesma. Percebi que se me sinto feliz com a minha escolha e com a minha luta diária, eu estou fazendo a coisa certa.
Ame-se, apaixone-se por você, lembre-se que a vida não é uma empresa onde você deve seguir os padrões, mas que a sua vida depende de como você cuida de você.
Seja o seu próprio anjo da guarda. A vida agradece. 

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