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Sempre é hora.

É hora de ir. Sempre é hora. Ir em frente. Enfrentar. Sem medo de seguir, sem medo de chorar, sem receios, com muitas perdas, mas com muita fé em algo maior. Não sou religiosa, mas tenho uma fé inabalável no amor. 
Eu, moça de muitas palavras e poucas delas ditas, acabei por dizer muito quando não deveria ter dito nada. Como de costume, é hora de ir. Deixar-se levar. Temos uma mania burra de querer domar coisas/sentimentos indomáveis. 
Nossos medos, nossos amores. Coisas que não são palpáveis, que não são mensuráveis. Pudera eu, em plena consciência de meus atos, desfazer erros. Voltar no tempo. Sempre que as coisas chegam a esse ponto tento fugir. Fugir sempre foi mais fácil que enfrentar. Eu, que tanto reclamo da covardia das pessoa, fujo de meus próprios sentimentos, de minha próprias vontades por medo. Medo de sentir. Como se fosse mais fácil sofrer por não ter feito, ao invés de sofrer por ter dado errado. É por isso que eu me sinto bem diante a covardia do próximo, pois sei que, pelo menos desta vez, não foi por minha culpa que nós não traçamos caminhos, que não escrevemos histórias. 
É triste saber que histórias são deixadas de lado por inseguranças. Embora eu saiba que a vida não é um livro, que não vivo amores estilo Edward e Bella, que, apesar de algumas coisas acontecerem tão somente em minha vida, ainda assim, eu não vivo em um livro. Mesmo sabendo que, certamente, alguns fatos são dignos de livros. 
Talvez, em um futuro não tão distante, desapegada de meus pré conceitos, eu consiga libertar-me das amarras que tanto me prendem. Talvez eu consiga demonstrar em voz alta, o que hoje, só consigo demonstrar em palavras escritas -meio sem jeito- em um pedaço qualquer de papel. É que você tem me tirado o sossego. 
Sossegada em meu quarto, perdida em pensamentos. Fui embora. Dei tchau, pois despedidas sempre foram mais fáceis de aguentar, porque meu sossego estava indo contigo e sem saber o que dizer, fechei o livro, fechei a porta. E sem saber como sentir, fechei a janela também, que é pra você não entrar de jeito nenhum. Mas olha só, eu só fechei, ok? Eu não tranquei. 
Se tiveres coragem e um pouco de força, deveria tentar entrar. Quem sabe tem coisa boa por ai? Quem sabe esse livro é diferente de todos os outros?

O livro

Se eu pudesse, te protegeria de todas as dores que pudessem te causar e mesmo estando longe, é longe que eu vou ficar. A gente sempre espera o melhor pra quem a gente gosta, embora nossa crença seja na máxima de que o melhor somos nós. O melhor é sempre o que nos satisfaz. É engraçado e doloroso.  
Jamais vou entender o porquê de algumas coisas acontecerem. De alguns sentimentos nunca saírem de nós. Deve ter algum propósito, certo? Ou será somente nossa insistência-burra, por sinal- em um amor platônico? Gostaria de saber.
Essa nossa história já deu tanto o que falar, já teve tantas reticências, que me pergunto se não acabaram as folhas deste livro. Esse livro o qual chamamos "eu e você". Livro ridículo, cheio de especulações, palavras ditas sem jeito, demonstrações de afeto feitas nos momentos mais inoportunos, brigas, corações feridos, cheia de atitudes precipitadas. 
Gostaria de nunca ter te conhecido e ter me poupado o tempo, as palavras, as lágrimas, os arrependimentos, os sorrisos, os beijos, as privações. Gostaria de não precisar me forçar a agir indiferente quando te encontro em algum lugar, aliás, gostaria de não te conhecer para que passasse despercebido. Para que não quebrasse meu coração pela segunda vez, em poucos anos que nos conhecemos. 
Gostaria de não gostar de você, embora te ache um escroto, sei que minha vida não seria a mesma e eu não seria eu mesma, caso você não tivesse entrado em minha vida. Gostaria que a maioria dos meus textos não fossem dedicados a ti, que meus erros não fossem por ti, que meus sorrisos não fossem pra ti. Te olhar e não sorrir, existe essa possibilidade? Já tentei, não dá. Se hoje, sou o que sou, se meu sorriso mais largo é pra ti, se o coração quase sair pela boca é por ti e toda essa baboseira poética e romântica acontece quando te vejo, se deve à algum propósito, não é mesmo? Duvido. Mas já cheguei a concluir que essa história ainda vai dar em algo, não é possível algo assim não passar. Tantos caras já passaram na minha vida e eu superei, porque justamente você foi ser diferente? 
Eu não seria quem sou, se as coisas não tivessem acontecido exatamente assim, apesar de dispensar esse fracasso amoroso com você. Não nasci pra gostar de alguém assim. Você torce(fanaticamente) pro inter, eu sou gremista, você malha todo dia e é todo saudável, eu até faço regime e me cuido, mas não tenho amor por isso. Você tem a risada (entre todas as outras) mais mongolona que já ouvi e sua voz é tão mongolona quanto. Você só fala de academia, eu estudo história. Você curte funk, eu amo panic! e the kooks. Você é exatas, eu sou humanas. E pode parecer um trocadilho, mas eu sou humanas pra caralho, é cara, eu tenho um coração. Eu sei, às vezes não parece. 
Não, não criei um blog pra falar de vocês e sim dos meus sentimentos, mas se é você quem desperta a maioria deles, como poderia não ser você em praticamente todas as linhas aqui? Eu já tentei tantas vezes te esquecer, e me frustrei tanto com isso, acabei por desistir. Quer saber? Obrigada, você me deu um livro. O assunto? Eu e você. 😉

Logo ele?!

O amor da sua vida é, supreendentemente, o cara mais errado da sua vida. E se eu não pudesse me questionar sobre os amores que a vida me trás e me leva, quem seria eu? O amor da sua vida, pode ser o mané que fuma 50 becks, ou o marombeiro que passa o dia todo na academia, o carinha de óculos, com o maior jeitão de nerd. Muitos amores vêm e vão da sua vida, mas existe apenas um que é o amor da sua vida. Pode ser o primeiro, o último, pode ser o décimo quarto cara que você conheceu. Pode ser que vocês nem fiquem juntos, afinal, quem nunca teve um amor da vida que morreu na sua vida? Um amor da vida que virou poeira, apenas lembranças? E se os momentos não tivessem sido tão únicos e o amor da sua vida não fosse, exatamente, aquele cara que não te deu rosas vermelhas, nem o amor que você sempre quis, mas te deu um infinito em momentos de vocês. E será que você, sendo você, já foi o amor da vida de alguém? O amor da vida, ah, que coisa bem louca. Tantos amores já te conquistaram, e você foi deixar logo ele ser o amor da sua vida!? 
Ahh, guria..

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