Páginas

Mas amor, eu também tive medo


O medo é nosso constante companheiro. Sempre acreditei que o medo e os rótulos, fossem as piores coisas de um ser humano. Eis que me esqueci do que chamo de "expectativas", essas coisinhas que alimentam nossos corações com falsas esperanças. Afinal, nunca fui do tipo que culpa o outro pelas expectativas que eu mesma criei. Assim como o escuro, a solidão e a altura, me apavora o fato de que eu possa criar sobre alguém, algo que essa pessoa não seja capaz de suprir. Às vezes, somos cegos quanto a outrem. É que, na vida, a paixão cega tanto quanto o escuro, e tu fica tateando, na busca infindável de encontrar algo que, talvez, não sejam capaz de te dar, algo que tu nunca vai encontrar.
Talvez seja verdade, é preferível viver na covardia do nunca tentar, de nunca enfrentar teus medos, é preferível apegar-se a um passado trágico ao invés de buscar por um futuro próspero. 
Que 2015 te traga coragem. Coragem de tomar as decisões necessárias, de apagar a luz e tatear, de andar de roda gigante e sentir aquele frio louco carregado de pânico, que 2015 permita que tu fique sozinho no escuro em uma roda gigante e que isso não te apavore, na verdade, que isso te faça sentir coragem. Te faça rir de nervosismo, mas não te faça desistir ou pensar muito. Que em 2015 tu te permita essas coisas, pois é assim que é o amor, é um tiro no escuro, um salto do vigésimo andar é estar sozinho e completo, para então transbordar-se. Que em 2015 a coragem seja tamanha, que teus medos se sufoquem. Que a tua mão não saia da minha cintura e que continuemos de mãos dadas. Ou então, que finalmente a gente de as mãos, de vez. Que nesse ano novo que vem aí, tu esqueça teu passado trágico e te empenhe num futuro próspero. E embora algumas coisas fiquem marcadas em nossas vidas para sempre, sentimentos ruins devem ser deixados de lado, para que possa se permitir novos sentimentos.
Nesse ano novo que está por vir só peço que mantenhamos a fé no amor e nas pessoas e que a vida fique cada vez mais linda, que traga mais cumplicidade para nós e menos briga, mais decisões e menos choros. Que sejam menos despedidas e mais "quer que eu vá ai?", e que tu venha. Venha sempre.
E para finalizar, que em 2015/2016 e assim por diante, tu veja que eu fiz muito por ti, nas incontáveis vezes que deixei meu orgulho de lado para dizer que sempre foi tu, mas que o meu medo da tua covardia e o cansaço da espera, me fizeram desistir de escrever pra ti, de sentir por ti. E que tu te arrependa de ter deixado isso passar, por medo, por qualquer que fosse o motivo, pois depois de analisar teu olhar, teu querer é tão grande quanto o meu. Sejas mais corajoso e não me deixe partir.
Que em 2015 eu descubra um novo motivo para escrever, um novo sentimento para sentir. Que os medos sejam novos e as vontades também. Que as lágrimas sejam escassas e os sorrisos sejam contínuos, como os que dei ao teu lado e tu nem teve a coragem de sustentar com um olhar. 


Pensamentos opostos, desejo em comum.

Meu coraçãozinho vermelho ficou amarelo, mais alguns momentos e ele fica verde, de novo. E você passa, passa como ventania, derruba tudo, deixando uma marca enorme.
O problema de deixar marcas é que nunca sei se serão boas ou ruins. Eu nunca sei o que esperar desse teu coraçãozinho indeciso que não sabe se está vermelho,  amarelo ou verde. É mais ou menos assim que nos apaixonamos. É no momento em que o nosso coração dá o sinal. Tenho lutado incessantemente contra o amarelinho que pisca forte quando você chega perto. Tuas chegadas são tão traiçoeiras quanto tuas partidas. Às vezes faço toda força do mundo pro coraçãozinho ficar vermelho, mas não adianta!
Também me esforço para que não fique verde novamente. A gente acha que suporta tudo, mas logo agora que organizei a casa toda você vêm e eu não sei se suporto mais. Me pega de jeito nesses braços enorme, me sorri malicioso, tu sabe, tu me têm nas mãos. E é exatamente esse o problema, tu me têm nas mãos e não sabe o que fazer com tudo isso. Vacila entre o querer e o não querer.
O teu querer me puxa de uma maneira frenética, me pega o cabelo, me atiça. Teu querer me aperta forte, me beija o pescoço, a boca, a barriga e a coxa, me olha como se questionasse se pode ir em frente, eu sorrio e faço que não com a cabeça, mas tu sabe, meu não é uma súplica, te pedindo pra avançar, teu querer entrelaça nossas pernas, entrelaça nossos corpos. O teu não querer me empurra pra longe, me diz que tem outra na jogada, me olha de longe e sorri como que pedindo desculpa. Sorri pra me provocar, como quem diz "espera, logo eu volto", o teu não querer é cheio de querer. E mesmo sabendo que, às vezes, eu queria que tu tomasse uma decisão entre querer ou não, no fundo, lá onde eu te deixo guardado, eu prefiro a tua indecisão. Embora eu seja convicta quanto a te querer, sei que não estamos no mesmo momento de nossas vidas. Que pensamos diferente. Pensamentos opostos, desejo em comum.
Você me derruba com um olhar, eu te derrubo com algumas palavras. Você me têm com um olhar - desde sempre-, eu te tenho com meu jeitinho, enroscando nossas pernas, pausando nossos beijos. Me puxa com força e eu gosto, nunca gostei de amorzinho, você sabe disso. Puxa meu cabelo, aperta meu corpo contra o teu, me faz estremecer, me faz sorrir, me faz tua e depois desfaz, mas nunca deixa de fazer.
No final das contas, o coração tá verde, mas eu manipulo pro amarelo, porque não posso correr o risco de enfrentar ventania, afinal eu sempre fui meio friolenta e, tu sabe, preciso do calor do teu corpo, do amorzinho, tanto quanto da sacanagem. Esse é o problema, você é 01 e eu sou 02, mas meu 02 tem se sintetizado só pra poder ter você, você essa pessoa fascinante. É sério, coração amarelinho só tem interesse em ti e em toda putaria que tu tem a me oferecer, uma putaria cheia de amorzinho, ok?

Ame-se

Esse não é um daqueles textos pra dizer que os homens devem aceitar as gordurinhas e que as gordinhas devem se achar lindas. Eu acredito que as mulheres devem se achar lindas, independente dos quilos a mais.
A realidade é que sempre fui uma criança gorda, comecei a crescer e continuei engordando, eu sinceramente achava que todo mundo era bonito e eu não, mas sabe? Eu era linda. Quando fui para o ensino médio dei uma espichada e comecei a emagrecer, desde então eu sou meio paranoica quanto ao meu corpo e quanto a minha alimentação. Não importa quantos quilos eu emagreça, continuo me achando gorda. Eu tenho quase 1m e 80cm, me sinto gigante, às vezes. Enfim, esse texto não é sobre mim, mas ao mesmo tempo é.
Hoje eu me olhei no espelho e pensei "poxa, perdi 3 kgs, mas a calça 38 que eu sempre quis usar ainda não vai servir em mim. Literalmente não fomos feitas uma para a outra." eu não fiquei triste, eu não fiquei me sentindo gorda, eu me senti como alguém que têm uma luta diária em prol da sua saúde. E embora eu saiba que um pouco dessa minha paranoia é futilidade da minha parte, eu quero emagrecer. Às vezes eu paro e fico lembrando, tive que deixar de lado algumas comidinhas gordas exageradas, mas eu sei mais pra frente eu vou me sentir bem comigo mesma. Eu já me sinto. Cada quilo perdido é uma conquista!
Enfim, eu acredito que levar uma vida saudável não faz mal a ninguém, fazer caminhadas, cortar as frituras, os doces, comer menos. Acho que tudo isso, no fim, lá onde todo mundo vai te parabenizar por ter vencido essa luta, vai ter valido a pena. Mesmo sabendo que você nunca vai entrar em uma calça 38, você sabe que está indo muito além.
Esse é o meu conselho, eu acho. Quero dizer, se você se acha gorda ou não também, cuide da sua alimentação, a gente colhe o que planta, não é mesmo? E eu tenho plantado muito alface. Antes de mais nada a gente precisa se amar, se amar a ponto de saber que parar de tomar refrigerante todos os dias é uma escolha sábia (seu bumbum agradece), a ponto de escolher comer legumes e verduras faz bem ao seu coração tanto quanto um novo amor. Ame os legumes também!!
Eu ainda não estou satisfeita comigo mesmo, sou mega narcisista, mas eu cobro de mim essas coisas.
Hoje eu me olhei no espelho e percebi que o 38 nem me satisfaz mais, o que me satisfaz é estar de bem comigo mesma. Percebi que se me sinto feliz com a minha escolha e com a minha luta diária, eu estou fazendo a coisa certa.
Ame-se, apaixone-se por você, lembre-se que a vida não é uma empresa onde você deve seguir os padrões, mas que a sua vida depende de como você cuida de você.
Seja o seu próprio anjo da guarda. A vida agradece. 

Olha pra mim e me lê, repara bem no que eu não digo.

É que eu queria escrever uma coisa bonita para você, mas no momento eu só consigo pensar em "o que está acontecendo comigo?". Escrever coisas bonitas sobre você, sobre a forma como você desestabiliza tudo que estava certo, que tira do lugar o que já havia se encaixado. Parece que sempre quando acho que não sinto mais nada, vem essa coisa que me deixa agoniada e me tira a paz.
Eu queria escrever coisas bonitas, porque coisas bonitas as pessoas querem ler e eu descobri que quero que leiam o que eu digo. Quero que leiam sobre você. Sobre mim. Quero, acima de tudo, que me leiam, literalmente.
Hoje eu acordei meio pé esquerdo, meio corpo todo esquerdo. E mesmo sabendo que eu não sei distinguir a direita da esquerda e que você acha isso bem engraçado, eu sei que eu não acordei tão animada. E embora acreditasse muito na minha felicidade plena, eu só queria que as coisas fossem mais legais do que elas já estão sendo. Eu queria ser menos egoísta, menos pessimista. Eu queria me satisfazer com o que já tenho. Eu queria ter um pouco menos de arrogância. Eu queria saber o que se passa. Se algo realmente passa. Detesto essa coisa de "vida parada". 
E não adianta. Não importa quantos tentem balançar a vida, se tu não te permitires, a vida fica P-A-R-A-D-I-N-H-A. Ultimamente eu não tenho me permitido balançar, na verdade, tenho feito isso por estar cansada de paixões com hora pra começar e hora para  acabar. Que nem comecem, por favor! 
Talvez seja verdade o que muitos já disseram, é difícil ler alguém com tanto a dizer. É difícil ler alguém que não diz, mas que quer que leiam. É difícil ter tantas palavras e não existir ninguém que saiba ler. 
Você lê. Lê e foge, porque é melhor não saber. Sempre foi. Meus pensamentos mais bonitos e sinceros são sobre tuas características, teus jeitos, teus olhares, teus toques. Tua voz. E a forma ridícula como eu, inegavelmente, me perdi tentando te escrever coisas bonitas.

A bela e a Fera?

Se foi amor, eu não sei. Sei que, em algum momento, deixou de ser paz. A vida é passível de erros, afinal somos seres humanos. Eu errei e muito. Quando se é movido a sentimentos, somos ainda mais passíveis de erros. Continuo errando e tentando aprender. Não digo que estou aprendendo, pois certas vezes, insisto no erro, como quem tenta fazer um cálculo matemático e erra o principal, a fórmula.
Às vezes insistimos em dificultar algo fácil, batemos a cabeça contra a parde, porque sempre foi mais fácil assim. Dores desnecessárias causam males desnecessários. Bom ou ruim, você têm sido, dentre tantos outros, a razão da minha falta de sossego.
É na inconstância de nossos encontros, sentimento e atitudes que mora o perigo. Jamais conseguirei entender, mas eu tento, embora eu saiba que será difícil compreender. Ultrapassou o limite de compreensão. Eu desisto de você com a mesma facilidade que se desiste de tentar fazer algo que se têm vontade. Sabendo que a vontade continua ali, mas que eu desisti. Meus monstros são maiores que quaisquer tentativas.
É que, se foi amor, sei que é diferente de tudo que eu já vi sobre. Tem mais a ver com querer estar perto, com ser amigo, com sentir saudade da nossa pequena intimidade, do que com amor de namorado. Embora eu saiba, tenho uma paixão meio louca por você, sei que o meu amor é de amigo. Sempre te amei, mas não consigo conceber o amor homem e mulher, não por enquanto. Não foi a toa que perdi meu tempo te atendendo, porque eu sabia, se estava me ligando é por que tinha algo a dizer. E talvez ninguém jamais compreenda, mas sempre foi muito mais do que gostar como homem e mulher. Foi, também, gostar como amigo. Como pessoa. E embora eu te identifique como monstro, assumo que você já mostrou o lado príncipe da sua fera.
Tal como a Fera da disney, você tem me prendido em seu castelo. Você vai, volta e eu fico ali. Às vezes te odeio, às vezes amo, assim como a Bela. Tenho me surpreendido como você pode mostrar seu lado sensível e como pode destruir qualquer impressão boa. Têm sido dias duros.
E mesmo sabendo que grande parte da culpa é minha, pois sou eu quem fico te repelindo, são os meus medos que dominam o ambiente. Sei que você tem um coração. Sei dos medos desse coração. Conhecendo o seu pior e o seu melhor, fico com a parte que sorri de um jeito anormal, mas encantador. Parte essa que têm contado comigo pra tudo, mesmo nos momentos em que errei.
Dos finais felizes pouco sei, não faço questão de criar expectativas. Sei que, vai chegar o dia que teremos o final, se será feliz? Depende do ponto de vista! Entendo que a história segue o rumo que lhê é dado e que somos apenas personagens. Talvez a gente se entenda, como a Bela e a Fera. Talvez a gente se perca. Mas antes de pensar no final feliz -  ou infeliz, dependendo do ponto de vista - , eu prefiro viver os momentos dessa história, que ao contrário de conto de fada, não está sendo linda e cheia de pássaros cantarolando na janela, mas se mostra real. Sei que você não vai me buscar no cavalo branco, embora eu adore cavalos, talvez você nem me busque. Mas é isso sabe? Eu nunca fui muito fã de histórias de princesa da disney, sempre gostei mais dos mistérios..

O rotulo do que a gente nem têm

Eu sempre acreditei que quando rotulamos algo, é porque temos medo daquilo. Vejo tanta gente deixando coisas boas de lado, só porque elas insistem em dar nome a essas "coisas". Outro dia  beijei você, quase me apedrejastes com palavras como "namoro" e " relacionamento sério". Só queria beijar e você já estava escolhendo as flores do nosso casamento. Eu nem tinha pensando se o seu beijo era bom, mas você já estava vestindo o terno. Não é que isso seja ruim, só que rótulos sempre estragam as coisas. Estragam as pessoas e suas vontades.
Jamais vou entender a pressa que as pessoas sentem em dar nome ao que tem. É como se, o fato da pessoa não te chamar de namorada, fizesse dela menos tua do que ela já é. As pessoas se pertencem pura e simplesmente, embora elas não queiram assumir nomes. Talvez porquê quando a gente sente a obrigação de chamar, já não é mais nosso. Pertencer-se é muito bom. Rotular-se, é enganação. O rotulo é sempre uma questão de marketing.
 Me desculpe, meu bem, talvez eu queira andar de mãos dadas, mas eu não quero te chamar de namorado. Talvez eu queira passar um final de semana inteirinho na sua cama, mas eu não quero que os outros saibam do nosso final de semana. Final de semana este, que não é regrado, que não têm data marcada, que não acontece sempre. Talvez uma ou duas fotos, mas daquelas misteriosas, que quase não te deixam a mostra, mas que dizem muito sobre nós. Talvez eu só queira a paz do não ser.
E mesmo sabendo que todo mundo sabe, é sempre bom pensar que é coisa da gente. Porque o que é nosso, sempre é mais bem cuidado. Já ouviu falar naquela coisa de "escondido é bem melhor?". Então.. Escondido é bem melhor!!
Embora eu ache que rotular sentimento é errado, não quer dizer que eu não vá querer rotular um dia. Mas sabe? Um dia, é um dia, pode ser ano que vêm, pode ser amanhã. Pode ser com outra pessoa! A gente nunca sabe o que o coração nos reserva. E mesmo se soubesse, eu não iria apressar algo, que nem ao menos eu sinto. E mesmo se sentisse, andando devagar, a  gente demora mais pra parar de se beijar.
Eu só queria dizer que eu gosto da calmaria de dias sem vento, assim como gosto da ventania balançando meus cabelos. E você têm me proporcionado isso. É bem legal da sua parte. É isso que você não entende, eu me apego mais ao simples prazer do que a sentimentos. E têm sido prazeroso te ver. Têm sido prazeroso ver como me olha. É como se, ao mesmo tempo em que quisesse me proteger dos males que poderá me causar, quisesse me jogar na sua cama, totalmente sem pudor. Eu não reclamo. Eu só sorrio e penso "eu também, eu também".
A grande diferença entre nós dois, é que eu não fico dizendo que não quero te machucar, embora eu saiba que não quero. E mesmo não querendo, eu sei que vou. Pode ser quando você me machucar, pode ser quando você menos imaginar. É que sou assim, inconstante. Não te garanto mágoas e nem que não as terá. Te garanto que, por enquanto, eu sei que vou te beijar. Vou te olhar e sorrir maliciosamente. O resto? Do resto eu não sei. E é muito bom não saber..

Hoje eu te encontrei

Hoje eu te encontrei em minha rua, com esse seu tom brincalhão, de quem não quer nada com nada, mas eu sei, minha rua não é o teu caminho. Eu nem deveria ter entrado por aquela porta de novo, eu entrei e sentei. Você sorriu como se eu fosse a pessoa que você mais queria ver, me deu mil e uma desculpas esfarrapadas sobre o porquê de estar ali. Algo a ver com levar a irmã a algum lugar e resolver voltar por ali. As 7:10 da manhã, você resolveu passar pela minha rua. E casualmente me encontrou saindo de casa, me ofereceu uma carona. Talvez eu devesse ter recusado, mas eu preferi aceitar. É que, embora tudo que tenhamos sido, você não deveria passar na minha rua. Metaforicamente não deveria. 
Você me perguntou como anda a vida, olha só, ela anda super bem, mas você não acreditou em minha resposta. Afinal, como eu poderia estar super bem sem você, não é mesmo? Eu estou. Sempre estive. Você sorriu com aquele ar de quem espera minhas falas grandes e melancólicas, eu simplesmente sorri.  Você me olhou e fez um biquinho, minúsculo, mas fez. Aquele biquinho de desapontamento, quando não obtém as respostas que precisa. Em condescendência perguntei como ia a sua vida. Você me contou tudo. Desde a unha quebrada da sua mãe, até a formiga que você matou pela manhã. A gente combinava, eu também odeio formigas. 
Eu quis perguntar sobre ela, tirar minhas próprias conclusões sobre o que teria acontecido, pois caso nada estivesse acontecendo você não teria me procurado. Agora resta saber o que você quer. Você me olhava daquele jeito, como na primeira vez que nos vimos. A diferença é que não estava embriago. Você me queria. Você queria que eu te olhasse toda envergonhada e sorridente te desse um beijo. Mas ao invés disso, eu abri a porta e sai. Finalmente a gente tinha chego em frente ao meu trabalho. 

Sempre é hora.

É hora de ir. Sempre é hora. Ir em frente. Enfrentar. Sem medo de seguir, sem medo de chorar, sem receios, com muitas perdas, mas com muita fé em algo maior. Não sou religiosa, mas tenho uma fé inabalável no amor. 
Eu, moça de muitas palavras e poucas delas ditas, acabei por dizer muito quando não deveria ter dito nada. Como de costume, é hora de ir. Deixar-se levar. Temos uma mania burra de querer domar coisas/sentimentos indomáveis. 
Nossos medos, nossos amores. Coisas que não são palpáveis, que não são mensuráveis. Pudera eu, em plena consciência de meus atos, desfazer erros. Voltar no tempo. Sempre que as coisas chegam a esse ponto tento fugir. Fugir sempre foi mais fácil que enfrentar. Eu, que tanto reclamo da covardia das pessoa, fujo de meus próprios sentimentos, de minha próprias vontades por medo. Medo de sentir. Como se fosse mais fácil sofrer por não ter feito, ao invés de sofrer por ter dado errado. É por isso que eu me sinto bem diante a covardia do próximo, pois sei que, pelo menos desta vez, não foi por minha culpa que nós não traçamos caminhos, que não escrevemos histórias. 
É triste saber que histórias são deixadas de lado por inseguranças. Embora eu saiba que a vida não é um livro, que não vivo amores estilo Edward e Bella, que, apesar de algumas coisas acontecerem tão somente em minha vida, ainda assim, eu não vivo em um livro. Mesmo sabendo que, certamente, alguns fatos são dignos de livros. 
Talvez, em um futuro não tão distante, desapegada de meus pré conceitos, eu consiga libertar-me das amarras que tanto me prendem. Talvez eu consiga demonstrar em voz alta, o que hoje, só consigo demonstrar em palavras escritas -meio sem jeito- em um pedaço qualquer de papel. É que você tem me tirado o sossego. 
Sossegada em meu quarto, perdida em pensamentos. Fui embora. Dei tchau, pois despedidas sempre foram mais fáceis de aguentar, porque meu sossego estava indo contigo e sem saber o que dizer, fechei o livro, fechei a porta. E sem saber como sentir, fechei a janela também, que é pra você não entrar de jeito nenhum. Mas olha só, eu só fechei, ok? Eu não tranquei. 
Se tiveres coragem e um pouco de força, deveria tentar entrar. Quem sabe tem coisa boa por ai? Quem sabe esse livro é diferente de todos os outros?

O livro

Se eu pudesse, te protegeria de todas as dores que pudessem te causar e mesmo estando longe, é longe que eu vou ficar. A gente sempre espera o melhor pra quem a gente gosta, embora nossa crença seja na máxima de que o melhor somos nós. O melhor é sempre o que nos satisfaz. É engraçado e doloroso.  
Jamais vou entender o porquê de algumas coisas acontecerem. De alguns sentimentos nunca saírem de nós. Deve ter algum propósito, certo? Ou será somente nossa insistência-burra, por sinal- em um amor platônico? Gostaria de saber.
Essa nossa história já deu tanto o que falar, já teve tantas reticências, que me pergunto se não acabaram as folhas deste livro. Esse livro o qual chamamos "eu e você". Livro ridículo, cheio de especulações, palavras ditas sem jeito, demonstrações de afeto feitas nos momentos mais inoportunos, brigas, corações feridos, cheia de atitudes precipitadas. 
Gostaria de nunca ter te conhecido e ter me poupado o tempo, as palavras, as lágrimas, os arrependimentos, os sorrisos, os beijos, as privações. Gostaria de não precisar me forçar a agir indiferente quando te encontro em algum lugar, aliás, gostaria de não te conhecer para que passasse despercebido. Para que não quebrasse meu coração pela segunda vez, em poucos anos que nos conhecemos. 
Gostaria de não gostar de você, embora te ache um escroto, sei que minha vida não seria a mesma e eu não seria eu mesma, caso você não tivesse entrado em minha vida. Gostaria que a maioria dos meus textos não fossem dedicados a ti, que meus erros não fossem por ti, que meus sorrisos não fossem pra ti. Te olhar e não sorrir, existe essa possibilidade? Já tentei, não dá. Se hoje, sou o que sou, se meu sorriso mais largo é pra ti, se o coração quase sair pela boca é por ti e toda essa baboseira poética e romântica acontece quando te vejo, se deve à algum propósito, não é mesmo? Duvido. Mas já cheguei a concluir que essa história ainda vai dar em algo, não é possível algo assim não passar. Tantos caras já passaram na minha vida e eu superei, porque justamente você foi ser diferente? 
Eu não seria quem sou, se as coisas não tivessem acontecido exatamente assim, apesar de dispensar esse fracasso amoroso com você. Não nasci pra gostar de alguém assim. Você torce(fanaticamente) pro inter, eu sou gremista, você malha todo dia e é todo saudável, eu até faço regime e me cuido, mas não tenho amor por isso. Você tem a risada (entre todas as outras) mais mongolona que já ouvi e sua voz é tão mongolona quanto. Você só fala de academia, eu estudo história. Você curte funk, eu amo panic! e the kooks. Você é exatas, eu sou humanas. E pode parecer um trocadilho, mas eu sou humanas pra caralho, é cara, eu tenho um coração. Eu sei, às vezes não parece. 
Não, não criei um blog pra falar de vocês e sim dos meus sentimentos, mas se é você quem desperta a maioria deles, como poderia não ser você em praticamente todas as linhas aqui? Eu já tentei tantas vezes te esquecer, e me frustrei tanto com isso, acabei por desistir. Quer saber? Obrigada, você me deu um livro. O assunto? Eu e você. 😉

Logo ele?!

O amor da sua vida é, supreendentemente, o cara mais errado da sua vida. E se eu não pudesse me questionar sobre os amores que a vida me trás e me leva, quem seria eu? O amor da sua vida, pode ser o mané que fuma 50 becks, ou o marombeiro que passa o dia todo na academia, o carinha de óculos, com o maior jeitão de nerd. Muitos amores vêm e vão da sua vida, mas existe apenas um que é o amor da sua vida. Pode ser o primeiro, o último, pode ser o décimo quarto cara que você conheceu. Pode ser que vocês nem fiquem juntos, afinal, quem nunca teve um amor da vida que morreu na sua vida? Um amor da vida que virou poeira, apenas lembranças? E se os momentos não tivessem sido tão únicos e o amor da sua vida não fosse, exatamente, aquele cara que não te deu rosas vermelhas, nem o amor que você sempre quis, mas te deu um infinito em momentos de vocês. E será que você, sendo você, já foi o amor da vida de alguém? O amor da vida, ah, que coisa bem louca. Tantos amores já te conquistaram, e você foi deixar logo ele ser o amor da sua vida!? 
Ahh, guria..

19 anos. Um antigo amor.

19 anos, um porre, um grande e antigo amor, um fracasso nos relacionamentos afetivos, milhares de decepções. Uma verdade, quem não tem acrescentado na vida deve sair.
Sempre fui do tipo que, com grande dificuldade, encerra ciclos, mas com grande facilidade dá a volta por cima. Não gosto dessa baboseira de ficar sofrendo, ainda mais quando envolve homem. A vida não para por causa de um relacionamento frustrado, uma traição, o cara não gostar de você, ou simplesmente por você não aceitar que já não gosta mais do seu namorado. Com 19 anos eu já tive tudo isso. Nunca fui o tipo de guria que esperavam que eu fosse. O problema da vida é que a gente espera demais das coisas e das pessoas, sempre esquecemos que nem sempre as pessoas são como queremos. A vida é uma merda quando se é adolescente, mas vale a pena aproveitar.
Tenho 19 anos e umas trezentas mil teorias sobre tudo. Não cheguei a nenhuma conclusão de nada, a não ser de que, não vou deixar de viver minha vida por medo de errar, medo de sentir, medo de gostar. Sempre fui puro amor e pouca razão. Até certo ponto isso é bom, porque ninguém mais que eu vive intensamente os amores . Ninguém chora os amores mais que eu. Com 19 anos, achei o primeiro amor uma bosta. Tive todo tipo de desilusão com o cara que era pra ter sido O CARA. Faz parte. Eu vivi intensamente aquele amor, que era um amor gigantesco, mas não sufocava suficientemente outro amor. Nunca escondi de ninguém meu amor antigo, mas também não me orgulhei de tê-lo sentido em momentos que não deveria. 19 anos e pouca noção de amor.
O melhor presente de aniversário que eu poderia ter ganhado, na verdade, nem foi exatamente como eu queria que fosse. Só que, apesar dos pesares, foi o melhor presente de aniversário. Eu nunca fui exigente quanto à presentes - embora eu queira muito ganhar as malditas rosas vermelhas. Que tipo de homem não dá rosas vermelhas?- deve ser por isso que gostei tanto do meu presente. Justamente por ele não ser intencional, ou ser, de certa maneira. Meu presente começou com uma visão de longe, uma mensagem no whatsapp, várias pessoas que pouco conheço vindo me dar parabéns, o meio foi triste, pois acabei enchendo meus olhos de lágrimas e um aperto no coração, mas o final, ahhh, ele compensou. O final foi regado por algumas palavras ditas meio sem jeito, em um lugar onde, definitivamente, não deveria ter sido o lugar e dois abraços carinhosos, que me desejavam profundamente um "desculpa, feliz aniversário". O que eu queria mesmo? Eu queria um beijo, você segurando minha mão, quem sabe até as rosas vermelhas. Talvez até um "neni, feliz aniversário". Mas eu já disse, esperar nunca é bom. Embora eu não me frustre por isso, pois eu não criei grandes esperanças.
Posso falar? Nossa, que delicia de abraço. Que perfume fantástico.
Vem cá, você não vai ser meu de vez, não?
Obrigada pelo melhor presente que eu pude receber.


Pra você que é meu amigo.

Que a medida do amor é amar sem medida. Com certeza nem todos os meus amigos se encontram nessa foto, mas se encontram nessas palavras. Palavras de um alguém tão grato, tão pequeno diante de amizades assim tão imensas.
São irmãos que a vida me deu, às vezes, diante das nossas diferenças - que não são poucas-, nos afastamos, mas apesar disso, sempre voltamos uns para os outros. Vocês merecem, meu amigos, não só um muito obrigada, mesmo que ele seja do fundo do coração, vocês merecem as melhores coisas do mundo e quero que saibam, que se necessário for, faço tudo para isso. Em um mundo cheio de desavenças, cheio de amargura e descrença, crer em algo tão lindo quanto o amor que sinto por cada um de vocês, é o melhor que alguém pode sentir. Tantas vezes me perdi de mim e vocês me encontraram e me botaram no lugar, tantas vezes me achei e encontrei em vocês.
Cada um, com seu jeito único e indispensável na vida, se eternizou. Existem pessoas que passam pelas nossas vidas e não exercem qualquer tipo de força sobre nós, não deixam marcas, nada. Existem pessoas que deixam marcas tão profundas que jamais serão esquecidas. Algumas pessoas entraram em minha vida e jamais pensei que sairiam, outras as quais pensei que nunca entrariam. Sou grata pelas voltas que a vida dá. Por errar, pois só o fato de errar, já demonstra que eu tentei acertar.
E se a nossa amizade não fosse tão nossa, se eu não fosse, naturalmente tão de vocês, quem eu seria? De quem eu seria?
Há amizades que, com o tempo, se desgastam, outras que viram outros sentimentos, como amor, ódio. E tanto uma amizade que vira ódio, ainda é amor. Pior seria se fosse indiferença. Outro dia me peguei pensando nas loucuras que fazemos com nossos amigos, nas ideias que temos, nas coisas que dissemos uns aos outros, por pura vontade e que, mesmo parecendo palavras de gente doida, os nossos amigos entendem. E se ser amigo é se encantar por gente que já te encantou. É ter um retardo mental que ninguém entende. É ser você e saber que esse você outros reconhecem e querem perto.
Ahh, como gostaria de poder cultivar algumas amizades que, por fracasso meu, se perderam. Sempre ouvi dizer que a gente só dá valor depois que perde. Eu nem sabia que tinha e acabei por perder algumas coisas. É que, parecia tão incômodo alguém toda hora te chamando de um apelido que você nem gosta, mas no fundo, lá no fundinho, você sabe que ama. Ama quando te chama de gordinha, de neni. Quando tira sarro de tudo. Quando o seu amor, que na verdade é um grande amigo, é tão naturalmente seu, que você nem sabe se quer aquela coisa toda. Obrigada pelos ensinamentos. Jamais percebi, que por trás de todo o meu amor de sempre, existia a amizade carinhosa de uma ligação para me ouvir chorar, o cuidado em meio a balada, enquanto você vomita. Isso também é ser amigo. E apesar da gente ter se perdido entre isso tudo, que é bem confuso, trago ele junto comigo, no coração, entre o amor adulto e o amor amigo.
Gostaria de agradecer ao amigos pela serenidade de sempre, pelos ensinamentos, o amor e a compreensão.
Com amor e gratidão,
de uma amiga que é muito feliz e realizada por ter vocês.









Percebendo o amor

Vivo a procura incansável do amor, da forma como ele se manifesta. Acabei por deixar de percebe-lo, às vezes. Não quero dizer que estou apaixonada, embora não seja segredo para as pessoas. Na verdade, não gosto nem de pensar nisso, porque se eu pensar, vou me sentir presa.
Gostaria de saber. Saber como o amor se manifesta, se é naquela ligação só pra ouvir meu choro e me fazer rir. Se ele se manifesta nos vários dias de silêncio acompanhados de uma mensagem de "oi" em um dia qualquer, quando você já não está mais na minha mente. Ou seria naquela urgência que você tinha em me ver, quando estava triste, só pra conversar. Na sua timidez quando te dei um beijo na bochecha. 
Seria o amor, aquele abraço apertado, dentro do carro? Ou a forma como você me puxava pra perto e eu, tímida, me afastava? A urgência que tínhamos em  encostarmos os lábios, em um beijo desesperado, como se as bocas esperassem por aquilo há algum tempo? É possível perceber o amor? Será que posso me dar ao luxo de percebe-lo nas lembranças de quando você, repousava sua cabeça em meu peito e eu lhe fazia cafuné? Ou nos 5 ou 6 beijos de tchau? Na forma como me olhava dançando, enquanto abraçado em outra? Será possível que haja amor em coisas assim? Um amor antigo, uma paixão louca que me domina desde a primeira vez que te vi de longe. Seria amor, ou o desespero por ele, te puxar pelo casaco pra calar tua boca com um beijo? Rir do teu sorriso? Seria amor, eu e você? Que embora tão diferentes, temos tanto em comum. E, apesar dos pesares, sempre voltamos um para o outro? Mesmo que nos momentos mais inoportunos. Seria então, essa a tua escolha, me deixar nessa dúvida cruel, por puro cuidado e não egoismo, pois você mesmo disse, "eu não quero te machucar né". Seria sempre você? Apesar de muitos outros terem entrado na vida, terem revirado a vida e mesmo assim, eu sempre volto correndo pra dizer, acho que eu ainda gosto de você, como disse naquele 02/04 (eu sou péssima com datas) e você ri, sorri e me deixa na angustia. Seria então amor, estamos no mesmo lugar, eu forte, fingindo que não sei quem é você, e apesar disso, louca pra te dar um oi, e você me olhando, todo o tempo, buscando mostrar pra mim "ei, eu estou aqui". Na verdade, não, você não está, você está em mim.
 Obrigada pelo cuidado de sempre, pelo carinho de sempre, mesmo demonstrado desse teu jeito meio ogro - que combina muito comigo- de ser . Desculpa os erros, os tropeços, as dores que te causei, as mágoas. Sei que você não vai ler. Sei que vai demorar para nos falarmos, pois sou orgulhosa e tu é cabeça dura. Sinto saudade. Das conversas sujas, de você me chamando de gorda, das nossas piadas internas, de como você se abre comigo, de te chamar de retardado, de ser chamada de neni. Sinto saudade de você, Sr. A. See you soon. Love you, motherfucker. 

Perdão

Acordei renovada, embora tenha ido dormir às 4hrs da manhã. Não, meu bem, não foi insônia, não foi amor. Foi cuidado. Bom dia. Acorde feliz, seja feliz, se faça e desfaça feliz. Pois não é essa felicidade plena que tanto procuramos? Hoje me sinto feliz, completamente feliz. Acordei. Dei bom dia ao dia, mesmo estando chuvoso. Eu, que sempre fui tão pessimista, tão mau humorada pela manhã, dei bom dia e sorri. E agradeci por mais um dia.
Acordei pensando, repensando, trepensando. Não me arrependo de nada que aconteceu em minha vida. As coisas acontecem como devem acontecer. Não importa o quanto eu tenha me esforçado para fazer tudo dar certo, o dar certo é relativo demais. As coisas dão certo da maneira que tem que ser. Uso como exemplo minha viagem a Curitiba. Ela deu certo. Deu certo da maneira que deveria ser, mas choveu e, em função disso, não aproveitei tanto a minha visita ao jardim botânico. Não pude passear tanto pela cidade. Mas eu aproveitei. Eu me encantei. E eu voltarei.
Então é isso. As coisas acontecem como tem que acontecer. Pessoas entram, pessoas saem. Pessoas te amam, pessoas te machucam, pessoas te salvam. A vida é uma coisa meio louca. Cada pessoa vive o seu próprio caos. Não me arrependo, nem das pessoas que entraram na minha vida e já saíram, nem de nada. Cada pessoa que passou pela minha vida teve sua marca em mim. Algumas mais profundas, outras nem tanto. Algumas deixaram marcas já esquecidas. Outras deixaram marcas que sempre serão lembradas, os ensinamentos mais tristes, porém mais necessários. Eu agradeço. Agradeço o amor e a dor. Como posso não agradecer? Eu te entendo. "When another person makes you suffer, it is because he suffers deeply within himself, and his suffering is spilling over. He does not need punishment; he needs help. That's the message he is sending." Você sofre só por ser você, pelas tuas angustias, pela tua família, pelo mal que causa em todos que entram em sua vida. Eu poderia te odiar e eu quase odiei, mas depois me deu pena. Pena de ver que, tudo que você poderia ser, você jogou fora. Você se perdeu da sua essência. Você se tornou o tipo de pessoa desprezível, que você mesmo sempre julgou. Eu me sentia mal por não estar com você e pensava "olha tudo o que eu perdi" e hoje eu olho pra você, eu ouço os teus amigos te criticando e vejo, talvez tu só era tudo aquilo por estar comigo. Não pense que eu me acho melhor que você. Não é isso. Mas ao invés de progredir, de se tornar alguém melhor, eu só vejo você regredindo, você decepcionando todos a sua volta. Não só me decepcionando, pois o afeto que eu sentia por você, se tornou nojo, depois pena e agora, agora eu não sinto nada.
Eu gostaria de finalizar dizendo que você está perdoado. Pelo mal. Pela decepção. Não quero guardar mágoas, rancor, não quero guardar nada. As únicas coisas que ficam em mim são as lembranças - e só guardarei as lembranças de quando você.. bom, você era você, do 1 ano que passamos juntos, da nossa amizade companheira, verdadeira, do nosso amor, do nosso sexo - as fotos, que aos poucos  estão se perdendo, o aprendizado e só. É que dói olhar e ver que você mudou tanto, que você decaiu tanto. Sempre fui a tua melhor amiga, e como melhor amiga, sinto muito em ter que me despedir da tua amizade. Você me traiu, traiu tudo o que disse. Traiu tudo o que acreditava. Tenho preguiça de explicar como me senti quando soube de todas as coisas que você falou de mim, de todas as coisas ruins que você fez pra mim, enquanto eu.. eu estava tentando te fazer feliz. E o pior de tudo, me senti mais traída, pois em momento algum falei mal de você. Em momento algum joguei tudo o que eu vivi no lixo e disse "essa porra nunca ia dar certo e eu sabia". É isso. Você, sempre tão sábio, se tornou eu, sempre tão pessimista e sem visão e eu, me tornei alguém melhor, uma versão mais crente no mundo e menos pessimista. Obrigada.
Dessa vez sem um até logo, pois se passares por mim na rua, farei questão de dar um oi, mas como um conhecido. Não mais como um amigo. Quem você é hoje, eu não conheço. É como se, quem você foi, tivesse morrido. Eu jamais entendi porque pessoas boas morrem, ainda tenho essa dúvida.
Levarei flores ao seu túmulo, só pra sorrir e pensar, esse cara, ele era o meu melhor amigo, ele era O cara.
Da Frida, que perdeu o seu Diego nas curvas da vida.
Obrigada.

Sobre amar o que nos incomoda

As razões que o amor desconhece
A constatação de que ninguém consegue ser do jeito que o amor de sua vida é


Você tem uma inteligência bem acima da média. Lê livros, revistas e jornais. Gosta dos filmes de Woody Allen, dos irmãos Coen e de Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego estável, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, entende muito de computador e seu fettuccine ao molho de ervas é de fazer qualquer um comer ajoelhado. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e acredita que ainda não inventaram nada melhor que sexo. Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu maravilhosa + você encantador = dois apaixonados. Não funciona assim. Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo-lhes à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido que por uma ficha limpa.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário e só escuta Egberto Gismonti e Sivuca, Sivuca e Egberto Gismonti. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e, no entanto, você não consegue dispensá-lo. Quando a mão dele toca em sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, tem uma certa afeição por répteis e escreve poemas em noites de temporal. Por que você é vidrada nesse cara? Não pergunte a mim.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas a que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco, você a levou para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de rock e ela de trilha de novela, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de passar a mão nos cabelos que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, se veste bem e é fã de Marisa Monte. Isso são apenas referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pelo modo como os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Ama-se por causa de uma massagem nos ombros, pela maneira de sorrir só com um lado da boca, pelas peculiaridades. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos há às pencas, bons motoristas e bons pais de família, está assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor de sua vida é.


(Martha Medeiros)

Sobre verdades duras, quem doem, exatamente porque são verdades.

Aos poucos vou me acostumando a não ter tua presença. Me dói, e muito, não conversarmos tanto quanto antes. A verdade é que te amei e ainda amo muito, e depois de um tempo, descobri que amar uma pessoa não requer que eu seja apaixonada por ela, percebi isso, assim como tu percebeu que meu coração pertencia a outra pessoa. Dói demais ver as pessoas dizendo coisas como " vocês se amavam tanto no facebook", mas cara, a gente ainda se ama, de uma maneira diferente, mas a gente se ama. E nos amavámos muito mais pessoalmente do que no facebook, palavras não descreviam corretamente o que eu sentia. E existe coisa mais linda que amar e, além disso, amar alguém que é seu melhor amigo? Pode ter certeza, que te considero uma parte importante, linda, cheia de aprendizado, na minha vida. Obrigada por todos os momentos bons, pelos momentos ruins, simplesmente pelos momentos. O amor, tanto quanto eu, amadureceu.
Obrigada pelos conselhos, sempre tão bons e cheios de amor. Me orgulho de quem tu é, de tudo que tu tá conquistando. Te desejo muita sorte na vida.
Obrigada, de coração.
Da tua Frida, meu Diego.

Sobre História e o meu amor por tatuagens.

Quando tinha 7 anos, meu sonho era ser igual a minha prima, a Srta. M, decidi - com aquela idade, acreditem - que queria fazer direito, só porque ela fazia. Passei 10 anos da minha vida achando que eu existia para isso, fazer direito. Era a coisa mais certa da minha vida. Dei de cara com a faculdade e percebi que, embora fosse algo que eu quisesse fazer - mais por grana e por querer mudar o mundo - eu não estava completa. Sempre tive muito medo de ser igual a minha mãe, por isso fiquei com receio de assumir.. assumir que minha vontade mesmo era fazer História. Pensava que nunca iria enriquecer, o que os outros pensariam. Depois de 2 semestres em um curso que era puro direito, amadureci a ideia, mesmo ainda focando no direito, eu sabia que a vida me levaria para outro caminho. Hoje, em meu 2º semestre de história, muito feliz e orgulhosa de mim - por ter amadurecido e encontrado o meu caminho - vejo que não poderia ter escolhido um curso no qual  eu me sentisse melhor. Além disso, sinto prazer em aprender história. Óbvio, existem cadeiras muito chatas, a gente nem sempre se identifica com o professor, com o assunto, mas isso não pode fazer com que tu desista dos teus sonhos. Gostaria de dar um conselho ao mundo, se tu fizer o que tu gosta, com certeza tu será feliz e rico, pois basta fazer com amor/paixão, tudo fica melhor, tu fará um trabalho melhor.. sabe aquele ditado "a gente colhe aquilo que planta"? Acho que ele traduz o que tento explicar.
As minhas incertezas do futuro continuam comigo, embora eu esteja segura do que quero. É que, com um campo vasto de oportunidades, é difícil escolher. Às vezes quero tudo, outras quero nada. Acredito, também, que algumas das nossas decisões não dependem somente do nosso querer, pois bem, sem querer acabei por escolher o caminho que pretendo focar na história. Um dia decidi que tatuaria o contorno de um braquiossauro, ontem descobri mais sobre a paleontologia e foi então que descobri, que inconscientemente eu já havia decidido qual seria o rumo de minhas pesquisas como bacharel em história. Sempre me perguntei o que eu faria depois de formada e, com uma marca na pele, eu estava decidindo o meu futuro, uma Paleontóloga e também Arqueóloga. É engraçado, mas como boa historiadora pergunto: Existe coisa mais linda que estudar o passado? Sempre me interessei pela vida humana, tanto quanto por dinossauros. É isso,  boa sorte pra mim nesse caminho. Sorte na vida.

Sobre entender

"E eu digo: calma alma minha, calminha! Ainda não é hora de partir..." E me pego cantarolando, procurando, nesta minha confusão, as palavras certas para você. Mas como encontrar palavras, se não há nada a dizer? Dizer que desisti? Não, pois não o fiz. Nunca fui boa com palavras, tampouco com sentimentos, e aqui estou, buscando razão para algo que foge ao meu entendimento. Outro dia vi casais felizes, procurei palavras para descrever tal sentimento, não pude escrever. Se eu pudesse, ao menos, me expressar, mas sufoco em minhas palavras. Ahh, tristeza! Onde será que você está? Será que pensou em mim hoje? Prefiro me fechar em minha própria cabeça, pensar e repensar e trepensar em você. Ainda estou aqui, esperando. Tic tac. Não demora a perceber, estou aqui, por você. Sempre e pra sempre. Nosso tempo, o meu para recuperar as forçar e amar bonito, outra vez e o seu tempo, para voltar a ser bonito novamente. Meu coração está com você. Nada disso é ilusão. Obrigada, de coração, Coelhinho.

Só um pedacinho, de uma história que pode ser legal..

"A gente sempre tem esses desencontros. Já terminamos tantas vezes,  tenho me perguntado se não seria melhor dar um ponto final, mas ao que parece - pra mim - não existe qualquer possibilidade de viver sem ele. O amor é meio caótico, meio não, completamente caótico. O que eu acho de tudo isso? Bom, eu me sinto cansada de tempestades e fodinhas de reconciliação. Sabe? O negócio em questão não é só carnal. Antes fosse. Afinal, tudo não seria mais fácil se relacionamentos fossem baseados apenas em sexo, sem quaisquer tipo de satisfação? Sim! Mas não estou disposta à isso, quero dizer, que menina em sã consciência faria isso consigo mesma e com sua reputação? E a verdade toda, é que eu não gostaria da ideia de que, talvez, ele não fosse todo meu. Faz algum sentido? Na verdade, ele não é de todo mal. Às vezes, a gente parece um casal normal. Só queria que ele soubesse que pra mim é muito mais."

Obrigada, de coração.

Eu tenho um manual de você na minha mente, às vezes gosto de esquecer, só pra poder me surpreender. Me surpreender com a sorte que tive ao encontrar você. Parece loucura, mas me emociono com cada pedacinho seu, cada coisa boba que eu fui capaz de esquecer, só pra lembrar depois. Sendo clichê, gostaria de dizer, é culpa sua minha inspiração. Obrigada, de coração.

Seguidores