Eu cai do vigésimo quinto andar todas as vezes que eu olhei teu sorriso. Foi uma queda gostosa, admito. Nada se compara ao teu sorriso, que traça exatamente o caminho perfeito do rosto admirável que tens! Você sorri de orelha a orelha e eu nunca vi nada assim. O timbre da tua voz me faz questionar se, em algum momento da vida, eu escutei algo tão gostoso. Você ri de tudo e quando penso ser impossível você achar graça, ri novamente, o que te torna alguém tão leve, que não me causa peso algum te trazer comigo.
E você não é um daqueles casos de lençol e botequim. Você me quer na rua, na tua e se bobear, me leva pra lua. É que eu tenho essa mania de nunca gostar de ninguém e de ter medo de tudo!
Naquele quarto escuro, do vigésimo quinto andar, os teus verdes olhos iluminaram o meu caminho e diferente do que eu imaginei algum dia, o escuro me pareceu confortável na tua companhia.
Eu não sei aonde foi que eu te achei, sei que no recorte de alguma revista você me surgiu e eu passei horas te admirando, você pode ser Carlos, Emanuel, João, José ou Bruno, não importa quem você seja, ou como seja, eu sonhei contigo uma noite ou duas. Eu sei que tu vem, só me falta a hora e o dia. É que foi tão bonito que antes mesmo de te conhecer eu resolvi me apaixonar.